A Universidade Estadual de Roraima comemora nesta terça-feira, 11, três anos de implantação. Criada na gestão do ex-governador Ottomar Pinto e herdeira da estrutura da extinta Fesur (Fundação de Educação Superior de Roraima), que administrava três institutos e cinco cursos, a UERR já surgiu presente em 12 dos 15 municípios do Estado.
Atualmente, marca presença em Boa Vista, Normandia, Bonfim, Mucajaí, Pacaraima, Surumu, Alto Alegre, Caracaraí, Iracema, Rorainópolis, Nova Colina, São João da Baliza, São Luiz do Anauá, Caroebe e Entre Rios. Possuiu 22 cursos de graduação, quatro de especialização, um mestrado em Gestão Ambiental e Desenvolvimento Sustentável, quase cinco mil alunos e o enorme desafio de atender à demanda reprimida por ensino superior que havia no Interior.
Para isso está construindo um campus em São João da Baliza e, com recursos do programa federal Calha Norte, começa em breve a erguer outros em Pacaraima, Caracaraí e Alto Alegre. Construir essas unidades, equipar os laboratórios, adquirir mais livros, solicitar o reconhecimento dos cursos junto ao Conselho Estadual de Educação e fazer concurso para professores e servidores são as metas que a Universidade espera atingir no próximo ano.
Avaliação – Para o reitor da UERR, professor Nonato Vilarins, a principal conquista neste período foi o reconhecimento da seriedade do trabalho desenvolvido. “Vários cursos já foram reconhecidos pelo Conselho Estadual de Educação (o último foi o de Pedagogia) e a inscrições aumentam a cada vestibular”, disse. Atualmente, a UERR é a única universidade no Estado que oferece, por exemplo, os cursos de bacharelado em Turismo, Filosofia, Sociologia e Comércio Exterior, o que tem atraído muitas pessoas, inclusive já graduados.
Além do ensino, a Universidade incentiva a pesquisa para ajudar no desenvolvimento de Roraima. Os seus professores têm atualmente trabalhos em diversas áreas, sempre contando com a participação de alunos, uma forma encontrada para estimular nos acadêmicos o gosto pela ciência. Outra conquista é a assinatura de convênios com outras instituições de pesquisa e ensino, como a Universidad Nacional Experimental de Guayana (Venezuela), Cefet, Embrapa e UFRR.
Entre as dificuldades enfrentadas por ter uma estrutura multicampi, a principal ainda é a falta de profissionais que supram a demanda por professores nas unidades dos demais municípios. Por isso, toda semana 150 professores se deslocam de Boa Vista para as cidades do Interior. Para solucionar essa questão, a UERR já está trabalhando na realização de um concurso público para mestres e doutores que irão lecionar nessas localidades.
“A intenção é investir ainda mais para fortalecer as unidades fora da Capital. O município de Rorainópolis, por exemplo, vai ganhar 10 novos servidores administrativos graças a um concurso realizado este mês”, lembrou o reitor.
Entre vários benefícios obtidos pelos servidores, o mais esperado é a equiparação salarial com os servidores da administração direta que está sendo negociada pela reitoria da UERR com o Governo Estadual, o que resultará em um aumento de 35% no contracheque, com pagamento retroativo a abril.
“Para o futuro, nosso grande desafio é fixar o servidor administrativo e os professores em cada localidade onde a UERR está sediada. Pretendemos também fortalecer os campi, desativar alguns cursos e implantar outros que estejam mais próximos da realidade de cada município”, disse o reitor Nonato Vilarins.