Em entrevista à Rádio Folha, na manhã deste domingo, o reitor da Uerr (Universidade Estadual de Roraima), Regys Freitas, falou sobre as obras inacabadas e abandonadas dos prédios que deveriam abrigar os cursos da instituição nos municípios de Alto Alegre e Mucajaí. Outro tema abordado foi o Projeto de Lei que tramita na Assembleia Legislativa, acabando com a exigência de título de doutor para reitor.
Quanto a questão da estrutura, Regys explicou que a Universidade tem, além de Boa Vista, o prédio próprio de Rorainópolis. Os campi de Caracaraí e São João da Baliza foram construídos através de convênio do Projeto Calha Norte com as prefeituras, que ficaram responsáveis por uma contrapartida financeira e posteriormente cederam por 20 anos a UERR.
Em relação aos prédios de Alto Alegre e Mucajaí, disse que a UERR e o governo do Estado não têm nenhuma responsabilidade sobre eles, pois não foram concluídos e nem repassados legalmente para a Universidade. “Acredito que a forma de convênio entre o Calha Norte e as prefeituras foi uma decisão política da época. Nós defendemos que a UERR deveria gerir esta verba, pois nós sabemos das nossas necessidades, não as prefeituras”.
Disse que foram feitos levantamentos sobre as condições dos prédios e que os técnicos detectaram graves comprometimentos nas estruturas. Segundo ele a reforma sairia o dobro do que foi orçado inicialmente para a construção. “Nós estávamos avaliando a possibilidade de assumir as obras, mas pelo que encontramos, não há condições”, afirmou o reitor.
Regys explicou ainda que a UERR leva ensino superior atualmente para 17 localidades em todo o Estado. “Em alguns casos funcionamos em escolas municipais ou estaduais. Estamos trabalhando para que a estrutura seja própria, construída dentro das necessidades da instituição”.
Eleições – Quanto ao projeto de Lei (PL) que tramita na Assembleia Legislativa, acabando com a exigência do título de doutor para reitor da UERR, explicou que o governo está atendendo a uma reivindicação do sindicato dos professores da Instituição. “Em assembleia os professores passaram a defender uma causa nacional que pede o fim desta exigência, para dar oportunidade a todos os professores efetivos. O relator da proposta no Conselho Universitário (Conuni), que é um doutor, foi favorável à proposta. O Conuni aprovou e encaminhou para o governo do Estado. Agora aguardamos a decisão da Assembleia Estadual”, disse Regys Freitas.