Teve início às 9 horas de hoje (29) o processo de votação para escolha da reitoria da UERR para o quadriênio 2020/2023. Estão aptos a votar 1.902 acadêmicos, 116 técnicos e 153 professores.
O primeiro a votar no Campus Boa Vista, nesta segunda consulta para escolha de reitor, foi o pró-reitor de Ensino e Graduação, Sergio Mateus. A UERR pôde escolher o reitor e seu vice, pela primeira vez, no final de 2015, dez anos após a sua criação.
Nesta segunda eleição para reitoria concorre apenas uma chapa, encabeçada pelo atual reitor, Regys Freitas e por Cláudio Travassos, como vice. Duas chapas se inscreveram. Uma delas não foi homologada por não apresentar uma documentação exigida no edital do certame. A chapa opositora recorreu e entrou com várias ações judiciais, mas todas foram indeferidas.
As eleições ocorrem das 9 às 21 horas, no Campus Boa Vista da UERR, no bairro Canarinho, na sala 6; no Campus de Excelência Aplicada à Educação, no Laboratório de Informática; no Campus Caracaraí, na sala 10; no Campus Rorainópolis, na Sala de Reuniões; e no Campus São João da Baliza, no Auditório.
ABRUEM – O presidente da ABRUEM (Associação Brasileira dos Reitores das Universidades Estaduais e Municipais), Antonio Guedes Rangel Junior, está em Boa Vista para acompanhar as eleições, devido à intervenção realizada pelo governo estadual no final do mês de outubro, um dia antes de começar o processo eleitoral na UERR.
Sobre a intervenção na UERR a ABRUEM se posicionou dizendo que “A intervenção decretada pelo Governo do Estado de Roraima configura-se como uma agressão à democracia e um desrespeito aos ritos inerentes ao processo democrático, sobretudo a Universidade, por sua natureza e distinção insculpida na Constituição Federal. O respeito e observância ao devido processo legal, a garantia da ampla defesa colocam-se diametralmente em confronto com os ritos sumários e julgamentos de ocasião”.
A ABRUEM, que tem 46 universidades associadas em 22 estados, vem denunciando a quebra de preceitos democráticos e iniciativas autoritárias de intervenção em Instituições de Ensino Superior, como as ocorridas na Universidade Estadual de Goiás (UEG), no início do ano, e na UERR no final de outubro, em meio a um processo sucessório regular, no exercício de sua autonomia constitucionalmente assegurada.