O campus da Universidade Estadual de Roraima em Rorainópolis, e um grupo de produtores da região, deram início à colheita do milho orgânico produzido por meio de um projeto do Núcleo de Estudos em Agroecologia e Produção Orgânica, o Neapo, e o Laboratório de Solos da UERR.
O projeto “Produtividade de feijão caupi e milho na sucessão de leguminosas em sistema de plantio direto orgânico”, em caráter experimental, destinará a produção do milho ao consumo próprio dos agricultores e outra parte será utilizada para análise de aceitação pelo consumidor.
O projeto de produção de milho orgânico teve início há dois anos, quando a UERR implantou a Unidade Demonstrativa Agroecológica, por intermédio da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e abastecimento, em parceria com produtores orgânicos do “Sul orgânico”.
Os produtores disponibilizaram a propriedade do senhor Benevaldo Evangelista para a instalação da unidade. O projeto foi financiado pelo MCTIC (Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações), MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento), MEC (Ministério da Educação) SEAD (Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário), Casa Civil, e CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico).
“O cultivo orgânico adota o conceito de sustentabilidade em toda sua cadeia produtiva. Novas técnicas de manejo e conservação do solo e da água têm sido adotadas respeitando as necessidades do ambiente em toda a propriedade”, declarou o professor João Costa, responsável pelo Laboratório de Solos da UERR.
Ele explica que o objetivo é que no futuro o milho verde possa ser comercializado em feiras e mercados institucionais (Programa Nacional de Alimentação Escolar e pelo Programa de Aquisição de Alimentos do governo federal), além de ser transformado em pamonha e canjica para as famílias. O milho em grão deverá também ser utilizado como alimento para pequenos animais, criados no sistema orgânico.
“É importante que os agricultores resgatem e multipliquem variedades de milho que produzam bem em sistema orgânico, o que garante a sustentabilidade da produção”, comenta a professora Lelisangela Silva, coordenadora do Neapo.