O reitor da Universidade Estadual de Roraima, Regys Freitas, repudia veementemente a matéria veiculada pela revista IstoÉ, de 17 de fevereiro, intitulada “O golpe do título”, em que os nomes de instituições e pessoas sérias e comprometidas com a Educação são jogados na lama, em um texto tendencioso e distorcido.
A referida revista acusa a Odaee (Organização das Américas para a Excelência Educativa) de vender títulos de Doutor Honoris Causa e afirma que pesquisadores pagam pelo título, incluindo aí, o reitor e a própria UERR.
Para “ilustrar a farra da venda dos títulos”, a IstoÉ mostra entidades picaretas, que oferecem pela internet, mediante pagamento, a entrega do título pelos correios. O que não foi o caso da UERR e seu reitor. A “ilustração” cria um cenário em que todas as instituições que oferecem o título são do mesmo nível.
A ODAEE (Organização das Américas para a Excelência Educativa) está presente em 21 países e conta com uma rede de mais de 600 instituições de ensino filiadas. Dela fazem parte o Núcleo de Investigação Avançada (NIA), o Núcleo de Estudos da Ética em Educação (NEEE), e as Comunidades de Conhecimento Colaborativo (CCCs).
O reitor Regys Freitas, que é doutorando pela Universidade Federal Fluminense (UFF), no Rio de Janeiro, foi procurado pela Odaee, no ano passado, e em nenhum momento foi solicitado pagamento em troca do título ou “condições” para recebê-lo.
A opção por tornar a Universidade Estadual membro da Odaee veio posteriormente, por considerar que a filiação traria benefícios acadêmicos e cumpriria o dever de internacionalização da UERR, caminho seguido por todas as IES. A internacionalização, além de projetar as universidades, conta pontos no ranking nacional.
Regys Freitas merecidamente recebeu o título de Doutor Honoris Causa, em Havana, Cuba, no dia 2 de fevereiro, durante XV Congresso Internacional de Pedagogia 2017. Na ocasião, Freitas também recebeu o título de Embaixador da Paz e a UERR o Prêmio Sapientiae de Excelência Educativa, prêmio sequer citado pela reportagem, que teve o intuito exclusivo de denegrir as partes envolvidas.
Na matéria de IstoÉ, para “exemplificar” o merecimento do título, por parte de alguns, cita o ex-presidente da Fundação Oswaldo Cruz, o médico Paulo Gadelha, que recebeu o honoris causa em 2014, pela Universidade de York. Gadelha afirma que foi procurado pela universidade e que nada foi pago e declara que “De forma alguma aceitaria algo que significasse uma troca de natureza comercial envolvendo uma questão tão séria”.
Regys Freitas também jamais aceitaria “algo que significasse uma troca de natureza comercial”, por respeito próprio e pela Instituição que representa há dois anos como primeiro reitor eleito. Instituição que encontrou endividada e que hoje está saneada e pronta para novos investimentos.
O reitor e a Universidade Estadual de Roraima informam que todas as medidas judiciais cabíveis serão tomadas contra a IstoÉ.