A Universidade Estadual de Roraima (UERR), estará representada no XVI Congresso de Iniciação Científica da Universidade Federal do Amazonas (UFAM) que acontece do dia 30 de julho a 3 de agosto. Acadêmicos do curso de Enfermagem foram selecionados a apresentar um Estudo de Casos Enteroparasitológicos em Crianças de 6 a 10 anos na área de invasão Brigadeiro, o bairro São Bento. Realizaram o trabalho os alunos Alice Dantas Medeiros, Francisco Guimarães Junior, Karina Silva Brasil. O projeto de epidemiologia foi desenvolvido pelos estudantes no último semestre e trata sobre os casos de verminoses no bairro São Bento. A questão foi abordada devido à área ser inadequada para habitação A área de invasão Brigadeiro está localizada em uma região de preservação ambiental, próxima a lagoa de estabilização do município, e não é adequada a habitação. A professora Sandra Kariny Saldanha de Oliveira, orientou os alunos que detectaram que nas proximidades da lagoa de estabilização há 191 famílias e 46 próximas ao Igarapé do Paca e da rodovia que liga Boa Vista ao município de Mucajaí. Na área residem cerca de 1.068 adultos e 630 crianças. No congresso em Manaus uma comissão julgadora avaliará os diversos trabalhos apresentados e melhores ganham medalhas. A estudante Alice diz que projetos de pesquisa são importantes na formação do profissional e avalia como eficaz a política da Universidade Estadual em torná-los freqüentes. Doenças A professora explica que o objetivo do trabalho foi conhecer o índice de casos de enteroparasitoses nas crianças de 6 a 10 anos de idade da área, bem como, verificar e identificar as de maior incidência. “Para coleta de dados foram feitas visitas in loco com a finalidade de coletar e analisar fezes seriadas de crianças público-alvo da pesquisa, onde foram selecionadas vinte de forma aleatória dentro da faixa etária estabelecida”, disse. Para a análise do material foi realizado o método de Hoffmann. A acadêmica Alice Dantas Medeiros disse que dentro do grupo de vinte crianças, foram identificadas dezesseis com algum tipo de enteroparasitose, onde no grupo das infectadas 32% apresentaram Entamoeba coli, 25% Entamoeba hystolitica, 13% Giardia lamblia, 6% Enterobius vermicularis, 6% Ascaris, lumbricoides, 6% Ancylostoma duodenale, 6% Hymenolepes nana, 6% Hymenolepes diminuta. “Foi possível observar a polinfestação em cinco casos, correspondendo a 25% dos infectados”, revela. A orientadora lembra que o trabalho já foi apresentado na I jornada Integrada de Enfermagem, realizada em maio deste ano. “A coleta de dados para este projeto evidenciou que a área não possui levantamentos sobre a ocorrência de parasitoses, justificando com isso a importância do estudo uma vez que seus resultados oferecem subsídios para a elaboração de políticas de saúde pública voltados principalmente à infância”, disse