O pró-reitor de Pesquisa da Universidade Estadual de Roraima (UERR), professor doutor Rozinaldo Galdino, ministra nesta quinta-feira (4), das 19 às 22h, um curso sobre as diferentes intensidades de exercícios no tratamento da obesidade. A atividade faz parte da IV Semana Acadêmica de Educação Física do Estado de Roraima, realizada no prédio do Cefet.
Doutor em Ciências com concentração em Nutrição, Galdino apresentará, entre outros assuntos, os principais motivos que levam à obesidade e como é possível combater esta doença, que tem a sua origem em fatores sociais, comportamentais, psicológicos, genéticos e externos.O objetivo do curso é mostrar que não há fórmula mágica no tratamento da obesidade, que os resultados são obtidos a médio e longo prazo e que é preciso levar em conta todos os possíveis fatores que causam a doença.
Para quem não é obeso, o conselho do professor Galdino é simples e direto: o melhor caminho é praticar atividades físicas com intensidade e volume adequados.
Para comprovar as suas afirmações, Galdino vai apresentar o resultado de um trabalho realizado no grupo de pesquisa em epidemiologia e fisiologia em exercício, do qual fazia parte quando lecionava na Universidade Federal de São Carlos.
Causas – Entre os fatores sociais que levam à obesidade, Galdino destaca a convivência com obesos ou com pessoas que tem maus hábitos alimentares. Enquanto o filho de um casal não obeso tem 10% de chance de ganhar muito peso, a probabilidade sobe, respectivamente, para 40% e 70% se um ou os dois país forem obesos.
Como fatores externos, o professor cita o aumento da violência, que leva pessoas de todas as idades a ficar mais horas trancadas em casa vendo TV, e o tempo que se passa dirigindo, no caso de grades cidades. Depressão e ansiedade, situações psicológicas em que as pessoas costumam comer mais e ficar sem praticar atividades físicas, também podem levar ou intensificar a tendência à obesidade.
Ao contrário do que diz o senso comum, dietas restritivas (aquelas que limitam a ingestão de certos alimentos) não são a melhor alternativa para quem pretende baixar de peso, diz o professor Galdino. O resultado delas é conhecido popularmente como “efeito-sanfona”
“A dieta que corta alimentos, principalmente calorias, leva o organismo a adequar a massa corporal à ingestão energética feita. Com isso, passa a queimar massa magra, ou seja, musculatura, que é quem consome a energia. No fim, a pessoa ganha mais massa adiposa do que tinha quando começou a dieta”, explica.
Pesquisa – Atualmente, o professor Galdino coordena uma pesquisa nas escolas municipais e estaduais de Alto Alegre para saber descobrir os índices de desnutrição e obesidade dos estudantes. A meta é entender como o perfil sócio-econômico do município interfere nas condições nutricionais e na aptidão motora da população escolar.