Analises preliminares já estão sendo realizadas, no entanto, a caracterização da área com presença de terra preta de índio é objeto de estudo da tese de doutorado do próprio professor. Para estudar a terra preta serão abertas trincheiras para coleta de amostras numa topossequência, desde as margens do Rio Anauá até o ponto mais elevado da paisagem. “Dimensionar o tamanho deste sítio e encontrar novos sítios arqueológicos ajudará a entender como viviam os índios da região à centena ou milhares de anos atrás e como estes solos com características químicas diferenciadas foi formado ao longo do tempo”. O pesquisador conta com a ajuda de moradores da região e para identificação de novos sítios e trabalha para formar um grupo de pesquisa que ajude a catalogar os sítios.
As terras pretas de índio (TPI) são solos com características de coloração escura e presença de fragmentos cerâmicos e, ou, líticos incorporados à matriz dos horizontes superficiais do solo estes solos são caracterizados por apresentarem elevada fertilidade, resultante da prolongada ocupação humana e da combinação da deposição de grande quantidade de material orgânico e material oriundo de queimadas. As TPI já foram observadas e descritas em outros estados da Amazônia. A grande maioria dos sítios arqueológicos está localizada as margens de rios, como Purus, Madeira, Juruá, Solimões e Amazonas.