A acadêmica do curso de Química da Universidade Estadual de Roraima – UERR, Lorrane Aesha Malta Feitoza, apresenta nesta semana um trabalho no 1º Simpósio de Conservação na Amazônia da Universidade Federal do Amazonas (UFAM) que acontece até o dia 23 de novembro, em Manaus. A estudante revela o levantamento preliminar dos principais fatores responsáveis pelos impactos socioambientais que afetam o Igarapé Mirandinha em Boa Vista. Lorrane explica que a relação homem/natureza tem sido debate de muitos discursos na atualidade e que o atual modelo de desenvolvimento semeia uma crise sem precedentes. “Crise que se alarga pelas dimensões intelectuais, morais e espirituais, que afetam a qualidade de vida, a saúde, o meio ambiente, as relações sociais e a economia, entre outros”, disse Lorrane. [b]Impactos[/b] – A orientadora do trabalho e coordenadora do curso de Ciências Biológicas da Universidade Estadual, professora Sandra Kariny Saldanha de Oliveira, conta que o estudo desenvolvido pela aluna teve como objetivo fazer um diagnóstico dos impactos ambientais que afetam o igarapé Mirandinha que atravessa vários bairros da Cidade. “A acadêmica verificou que a ocupação urbana restringiu o igarapé a faixas estreitas, descontínuas e sem zonação definida”, revelou a professora. Outros impactos observados foram a construção de um parque na nascente, bem como a construção de uma barragem, ausência dos buritis que compõem a mata ciliar, trechos de assoreamente, alterações negativas oriundas de esgotos domésticos, ocupação comercial nas margens e cobertura vegetal parcial. Lorrane verificou também que o ambiente encontra-se alterado e bastante ameaçado, sendo a população e o poder público os principais responsáveis pela sua degradação. “Isso acontece seja através do lançamento do lixo ou esgoto das casas ligados diretamente ao interior do igarapé, ou do desmatamento das margens”, destaca a estudante. [b]UFAM[/b] – O 1º Simpósio de Conservação na Amazônia tem a proposta de ampliar o debate em torno da temática conservacionista na sociedade e promover a discussão e a divulgação de conhecimentos científicos e acadêmicos, de políticas públicas e de propostas conservacionistas realizadas na Amazônia. Ao todo, 21 acadêmicos da UERR participam do evento.