04.03.13
A colação de grau é principal meta acadêmica para o aluno de graduação. Na noite de sexta-feira (dia 1) em Rorainópolis 58 estudantes de 14 cursos assinaram a ata da cerimônia de outorga e receberam oficialmente da vice-reitora da UERR, Ilma Xaud, títulos de licenciatura e bacharelado. O auditório do Tribunal de Justiça de Roraima, que acolheu o evento, teve cerca de um terço ocupado por pessoas trajando toga. Familiares, amigos, professores e autoridades lotaram o salão. [+] Fotos no Facebook da UERR
Graduaram-se acadêmicos de Administração, Agronomia, Contabilidade, Direito, Engenharia Florestal, Filosofia, Física, História, Letras, Matemática, Pedagogia, Química, Sociologia e Turismo. Antes de jogar para o alto o capêlo – o tradicional chapéu dos formandos – os graduados prestaram o juramento e ouviram o orador e recém-licenciado em Física, Diones Freitas, ressaltar que “a formatura não representa apenas a linha de chegada, mas também um ponto de partida”. E cada acadêmico percorreu um caminho diferente até a conclusão do curso.
Discurso de Diones Freitas: Universidade também é ponto de partida
Oportunidade – Marilene Catão iniciou o curso de Pedagogia em 2005 no então Instituto Superior de Educação de Rorainópolis, antes da UERR ser constituída. Sofreu um acidente de carro no primeiro semestre de curso e ficou internada por mais de um mês em Boa Vista. Mesmo hospitalizada não parou de estudar: “recebi assistência dos professores no HGR”, conta. Hoje, vive em São Luiz do Anauá, onde concluiu a graduação. Marilene tem formação em magistério e é professora efetiva do Estado de Roraima há 10 anos. “Senti a necessidade de me aperfeiçoar, buscar mais conhecimento e enfrentar a concorrência dos novos profissionais mais bem preparados”, diz. Ela celebrou a conquista ao lado do esposo e dos três filhos: “É um sonho; há muitas pessoas que não puderam estudar”.
Marilene Catão com a família: “É um sonho”
Estrutura familiar – Luceleide Nunes de Souza concluiu o ensino médio sem saber que carreira seguir, mas sabia onde: em sua terra natal, Rorainópolis. Identificou-se com o curso de Agronomia. Agora formada almeja a aprovação em um concurso público e acredita no potencial do mercado local para recebe-la. Para ela, estudar perto de casa foi “excelente: aqui tem família, emprego e estrutura. Se eu saísse seria muito difícil”, diz. “A UERR oferece oportunidade para todos”. A vice-reitora Ilma Xaud destacou em seu discurso a presença da Universidade Estadual em áreas de exclusão universitária: “acreditamos na interiorização do acesso ao ensino superior”, ressaltou.
Luceleide Nunes de Souza: perto de casa
Mobilidade – Embora os formandos pertençam a turmas sediadas em Rorainópolis, Caracaraí, Caroebe, São Luiz do Anauá, São João da Baliza e Boa Vista, a possibilidade de cursar disciplinas em outros municípios foi um diferencial, que permitiu a muitos alunos concluir a graduação. Simone Lima, de São João da Baliza, iniciou o curso de Administração em 2007. Por conta de mudanças de residência, pagou disciplinas em Boa Vista e São João. Ela e outros colegas de curso chegaram a alugar uma casa em Normandia e cursaram uma disciplina pendente. Além dessa flexibilidade, Simone destaca a oferta dos cursos extras de capacitação oferecidos pela UERR, como diferencia na hora de concorrer a uma vaga. “A meta é entrar no mercado com a experiência que adquiri aqui na UERR”.
Simone Lima cursou uma disciplina em Normandia