O professor, que está fazendo o levantamento das espécies de abelhas da Serra do Tepequém, demonstrou como são coletadas as abelhas polinizadoras de orquídeas, as Euglossini, utilizando garrafas PET com três aberturas feitas com o gargalo de outras três garrafas. O professor e seus auxiliares também utilizam redes entomológicas para captura manual, quando coletam as abelhas nas flores.
A aula de campo sobre ecologia de insetos aquáticos e flebotomíneos foi ministrada pelo professor mestre Jaime de Liege Gama Neto que chamou atenção para o fato de que a qualidade biológica dos rios pode ser avaliada através das comunidades bióticas presentes nos mesmos. “Rios considerados de boa qualidade biológica e físico-química apresentam uma composição faunística particular muito diversa e abundante, diferente daqueles rios que estão submetidos a perturbações antrópicas”, disse.
Na aula de campo sobre ecologia de flebotomíneos os alunos puderam verificar que algumas espécies conseguem se adaptar mais facilmente a ambientes alterados podendo ser utilizadas como indicadoras desse tipo de ambiente. Foi demonstrado a utilização de armadilhas luminosas (Malaise e Pensilvania) para captura dos insetos aquáticos adultos e rede entomológica tipo Rapiché, para coleta de imaturos.
Já para a coleta de flebotomíneo foram utilizadas armadilhas luminosas tipo CDC. As atividades foram realizadas em parceria com a FEMACT (Fundação Estadual do Meio Ambiente, Ciência e Tecnologia de Roraima).
Para a aluna Raimunda Lima Pinho foi uma oportunidade de verificar na prática os conhecimentos adquiridos em sala de aula. “Oportunidades como essa são poucas e agradecemos aos professores da UERR Silvio e Jaime e ao apoio da FEMACT”.
A mesma posição tem Elza Pereira de Almeida. “A nossa viagem ao Tepequém foi valiosa, dou nota 10, pois conhecemos outra realidade, outra paisagem, fugindo da monotonia da sala de aula”.